Em 1999, por ocasião das comemorações dos 25 anos do 25 de Abril, a agência Performusic convida um conjunto de músicos portugueses para um espectáculo na Praça do Comércio, em Lisboa. O espectáculo chamava-se Rock e Revolução e juntava no mesmo palco João Aguardela (Sitiados), Luis Varatojo (Despe e Siga), Viviane (Entre Aspas), Dora Fidalgo (Delfins), Janelo da Costa (Kussondolola) e Rui Duarte (Ramp), sob a direcção do músico e produtor Emanuel Ramalho. O espectáculo, constituído apenas por versões de canções de intervenção – de José Mário Branco a Chico Buarque ou The Clash, por exemplo – foi repetido, com enorme sucesso, em setembro desse mesmo ano na Festa do Avante. A experiência foi boa e o grupo decidiu avançar para a criação de música original. Nasce, assim, o álbum Linha da Frente, composto a partir de uma selecção de poemas de poetas portugueses do século XX, como António Ramos Rosa, Natália Correia, Alexandre O’Neil ou Manuel Alegre, entre ouros. O álbum foi editado pela Universal na primavera de 2002. Na sequência da edição, o grupo realizou vários espectáculos com este repertório original, destacando-se o regresso à Festa do Avante, o concerto de apresentação no Paradise Garage (antiga sala de espectáculos em Alcântara), transmitido em directo pela SIC Radical e a participação num festival de música iberoamericana contemporânea no auditório da Caja Madrid.